Ação do corredor
O projeto conseguiu envolver a comunidade escolar de várias formas – seja quando saímos perguntando para as professoras quem tinha um exemplar da coleção “O Diário de um Banana”, de Jeff Kinney, (porque aparentemente as crianças devoram esses livros como se fossem pizza!), ou nas atividades, como a famosa troca de salas para usar a sala de multimídia, o empréstimo dos tablets (quase como emprestar joias de família) e o envolvimento de outras crianças nas atividades super secretas que os alunos do 5º ano estavam planejando. Mas o ponto alto foi a exposição dos desenhos, que acabou atraindo a atenção de todos como um verdadeiro evento VIP no tapete vermelho. Isso gerou uma enxurrada de ideias das crianças para outros projetos que a escola “deveria” implementar (e quando as crianças têm ideias, a gente sabe que vai dar trabalho!).
Como todos passam por aquele corredor que já é o nosso “corredor da fama”, as crianças ficaram curiosas como sempre. Mas dessa vez, aproveitamos o espaço para explicar a real intenção da exposição – o que os desenhos significavam e, claro, o que as mentes criativas por trás deles tinham em mente. Fizemos isso com quatro turmas: duas de 3º ano e duas de 4º ano. O mais engraçado foi que os alunos se empolgaram tanto em falar sobre o livro e mostrar seus desenhos que decidiram expandir a “turnê” para mais turmas do que o inicialmente planejado. (Quem diria que teriam tanto a dizer, né?)
As crianças se sentiram como verdadeiros artistas com a atenção e o reconhecimento que receberam – e convenhamos, quem não gosta de um pouco de aplauso? Isso foi fundamental para que elas sentissem que seus trabalhos realmente importam. Quanto mais jovem a criança, mais ela se conecta com o ambiente escolar de forma sensorial (às vezes literalmente, já que muitas crianças adoram testar o chão da escola com tombos). Independentemente da idade, é importante que elas se sintam parte do espaço em que convivem, e que possam ter voz nas mudanças e atividades realizadas. Afinal, socializar o conhecimento é uma parte essencial da aprendizagem. Como diz Maria Paula Zurawski: “O reconhecimento da comunidade é um empurrãozinho para que o aluno produza seu melhor – ninguém recusa elogios, né?”
Com esse trabalho, a escola inteira ficou sabendo das atividades que estavam rolando. “Não importa o meio, a equipe gestora tem que sempre encontrar jeitos criativos de valorizar o que os alunos fazem”, recomenda Maria Paula, que já deve ter visto muita ideia maluca virar sucesso!
O projeto conseguiu envolver a comunidade escolar de várias formas – seja quando saímos perguntando para as professoras quem tinha um exemplar da coleção “O Diário de um Banana”, de Jeff Kinney.